quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Aticulando Educação e Trabalho nas Prisões.


Mais de 76% da população carcerária não trabalha, enquanto 80% não estuda, apesar de a remição de pena pelo trabalho estar prevista em Lei.

Segundo o pesquisador Elionaldo Fernandes Julião, autor da tese: "A Ressocialização através do Estudo e do Trabalho no Sistema Penitenciário Brasileiro", é preciso que haja uma diretriz nacional para garantir o direito ao trabalho e à educação nas prisões, de forma articulada.

"Nas unidades onde tem vaga para trabalho, há grande evasão com relação à escola, porque procuram o trabalho em detrimento da escola. Não existe articulação que compreenda que esse indivíduo.

Oficinas Educacionais em Currais Novos

A 9ª DIRED- Currais Novos, foi responsável neste mês de setembro pela organização e execução de duas importantes oficinas: Construção de Portfólio e Literatura e Gêneros Textuais, trabalhadas junto aos supervisores de EJA e Caminhando- VI etapa, tendo como objetivo uma formação continuada com esses profissionais.

As referidas oficinas, também tiveram o intuito de fazer com que os supervisores sejam multiplicadores em sua comunidade escolar, enriquecendo o trabalho do professor e levando o aluno à práticas educativas dinâmicas e atrativas.

As oficinas foram ministradas pelas técnicas: Ana de Fátima Medeiros, Francineide Fernandes Coriolano e Hilma Liana Soares.

Curso de Formação



A Subcoordenadoria de Educação de Jovens e Adultos-SUEJA-SEEC_RN, foi convidada pela Universidade Federal de São Carlos-SP, através da Professora Drª Elenice Cammarosano Onofre, à participar de um Curso de Formação de Educadores que atuam no Sistema Prisional.
Duas técnicas pedagógicas da SUEJA participaram do Curso nos dias 17 e 18 de agosto e 22 e 23 de setembro de 2009.
Além do estudo teórico das ações pedagógicas dentro dos ambientes de privação de liberdade, também foram apresentadas experiências exitosas das Regionais da FUNAP- instituição que presta assistência educacional e de formação profissional aos internos do sistema prisional do Estado de São Paulo- como também experiências de atenção educacional no Estado do Rio Grande do Norte, sendo apresentado nesta oportunidade o Projeto Fênix de Ressocialização, executado na Penitenciária Estadual do Seridó-PES, em Caicó-RN.

XI ENEJA



O Forum de EJA do Pará foi sede, nos dias 17 a 20 de setembro de 2009 do XI Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos-ENEJA.
Esse ano, o tema norteador dos debates foi: "Identidades dos Foruns de EJA: Conquistas, desafios e Estratégias de Lutas."
A Subcoordenadoria de Educação de Jovens e Edultos-SUEJA, enviou três participantes ao evento, Liz Araújo, subcoordenadora da SUEJA e os técnicos pedagógicos Maria do Carmo e Ionaldo.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Projeto Pedagógico da Escola Dióscoro Vale




Uma iniciativa dos professores da Escola Estadual Dióscoro Vale, na Zona Norte de Natal, está diminuindo o índice de evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos.

O projeto existe há três anos e consiste em aproveitar as datas comemorativas do calendário escolar para envolver os alunos em atividades didático-culturais.

As atividades levam em consideração as habilidades extracurriculares do aluno. Assim, recursos como teatro, artesanato, dança e música, são utilizados no processo ensino aprendizagem.

O assunto é matéria do Extraclasse TV do próximo domingo.

Parabéns para toda comunidade escolar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Direitos dos Humanos


"Entendidos como direitos de todos os seres humanos, sem distinção de raça, nacionalidade, etnia, gênero, classe social, cultura, religião, região, opção sexual, opção política ou qualquer outra forma de discriminação."

"São os direitos que asseguram a dignidade do ser humano, abrangendo, entre outros, direito à vida com qualidade, à saúde, à educação, à moradia, ao lazer, ao meio ambiente saudável, ao saneamento básico, à segurança no trabalho e à diversidade cultural."


Trechos retirados do Livro "Por que Direitos Humanos", de Nilmário Miranda, Ed. Autêntica/2006.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Conferência Nacional de Educação-CONAE/2010


A Conferência Nacional de Educação – CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional.

Está sendo organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país.

Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.

Tema da CONAE, definido por sua Comissão Organizadora Nacional, será: Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação.

A CONAE acontecerá em Brasília, de 28 de março a 1º de abril de 2010, será precedida de Conferências Municipais, previstas para o primeiro semestre de 2009 e de Conferências Estaduais e do Distrito Federal programadas para o segundo semestre do mesmo ano. A Portaria Ministerial nº 10/2008 constituiu comissão de 35 membros, a quem atribuiu as tarefas de coordenar, promover e monitorar o desenvolvimento da CONAE em todas as etapas. Na mesma portaria foi designado o Secretário Executivo Adjunto Francisco das Chagas para coordenar a Comissão Organizadora Nacional.


portal.mec.gov.br/conae

domingo, 19 de julho de 2009

“Ler e escrever são formas de subversão”



A pedagogia da alternância

“Ocupar terra não é só eu ter um pedaço de chão é ter as condições dignas de se viver. É ter escola. Mas que escola? A gente não quer só um espaço onde possa ter uma sala de aula”. É assim que Ana Emília, acompanhante pedagógica do MST, contesta o atual modelo educacional das escolas e universidades e explica o que o movimento vem construindo há 25 anos como política de educação no campo.

Ana Emília explica que, para o trabalhador rural existe uma outra dinâmica que tem que ser vivenciada e tem que ser respeitada. Por exemplo, dentro dos ciclos agrícolas, como é que você vai tirar o trabalhador da época do plantio, pra poder botar ele na escola? “Ou ele deixa de plantar ou ele deixa de estudar. Não da pra a gente ser tão: ‘Isto, isso, ou aquilo’. Daí a gente incorpora toda uma discussão dessa dialética, dessa compreensão maior. O trabalhador, o agricultor ele precisa trabalhar pra a gente ter o que comer, pra quem está na cidade também ter que comer. Mas, ele também precisa vivenciar a escola”.

O tempo escola

Portanto, a pedagogia da alternância passa por essa dimensão dos tempos, o tempo escola e o tempo comunidade. O primeiro, é o momento vivenciado, intenso, a partir dos módulos, correspondente a carga horária de um período. Os alunos assistem às aulas de manhã e à tarde. À noite, eles participam de um processo de organização interna.

“Nas áreas de assentamento e acampamento a gente está organizado a partir de núcleos de famílias, brigadas e regionais, dentro de um processo democrático, onde tem as representações e tudo. No curso, a gente traz essa mesma dinâmica para ser vivenciada”, esclarece.

O curso possue seis núcleos. Em cada um deles, os estudantes escolhem uma pessoa para coordenar, outra para fazer relato dos debates dentro do núcleo, que é o processo de leitura e de estudo, e outras que vão participar das equipes que vão construir a gestão do curso. “Então, eles também são responsáveis pelo todo do curso, e esse é um processo de formação muito maior, que aí você não tem só a escolarização do saber, ler, escrever e aplicar a técnica. Eles passam a construir as dinâmicas, a coordenação do curso e a participar da gestão”, complementa.

O tempo comunidade

O tempo comunidade é para além de pensar no ciclo agrícola e do trabalho. Ele serve para o exercício da prática. Ana Emília explica que os alunos vão associar todo um processo de conhecimento. Os alunos levam diversos textos para ler, realizam intervenções dentro da comunidade e voltam com trabalhos de pesquisa, a partir dessas vivências.

“A gente sempre trabalha com essa relação teoria e prática permanente. A partir do olhar da realidade, eu detecto um problema. Quando eu tenho uma teoria que pode me ajudar a enxergá-lo, então posso voltar com outras possibilidades de leitura sobre o problema da minha comunidade”, argumenta.

O corte na educação

Segundo Ana Emília, a demanda de acampamentos e assentamentos é permanente, pois todo período tem mais gente mobilizada no MST. Só em Pernambuco, são mais de 40 mil famílias assentadas. “Se você tem esse número de famílias, quantos jovens, adultos, crianças, vão precisar vivenciar a profissionalização”?

Nesse embalo, Emília ainda questiona: por que o corte de 72% no orçamento do Pronera? Por que o poder público se utiliza da burocracia para coibir a contratação de novos projetos? E responde em seguida: “Porque você cancela um processo de formação contínuo da classe trabalhadora e, muito mais, do homem do campo”.


Matéria do Site: www.vermelho.org.br

sábado, 18 de julho de 2009

A Rosa de Hiroshima


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas ho não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.


Poesia de Vinícius de Moraes extraída do livro "Receita de Poesia"/Companhia das Letras.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Greve da Morte?


" De repente, a morte suspendeu suas atividades no país. A nação se embandeirou: tinha sido escolhida para a imortalidade, depois de milênios de sofrimento e sujeição à 'indesejada das gentes'. Ano Novo, vida eterna, porque desde 1º de janeiro ninguém mais morria nesse estranho canto do mundo".

É esse o estranho canto do mundo inventado por José Saramago em "As intermitências da Morte"- uma fábula sobre os caprichos da figura macabra e ossuda que segura os fios da vida de cada um.

"Mas até quando poderia durar essa espécie de greve? Quando seria afinal devolvido o supremo medo ao coração dos homens? E em que condições?"

O leitor não demora a perceber que o personagem principal dessa história é a própria morte, mas para o romancista, transformar a morte em personagem, acaba sendo um modo de tratar da vida, com humor e ironia.

José Saramago nasceu em 1922, de uma família de camponeses da província de Ribatejo, em Portugal. Exerceu diversas profissões-como serralheiro, desenhista, funcionário público e jornalista- antes de se dedicar só à literatura.